Dr. Mauro Bibancos

Fertilização In Vitro - Ovodoação/ Ovorecepção

O que é?

A ovodoação é o processo de doação de óvulos de uma paciente saudável chamada ovodoadora para outra paciente, a ovoreceptora, a qual não possui óvulos, apresenta baixa quantidade/ qualidade de óvulos ou dificuldades de ovulação.

Segundo resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), a ovodoadora deve estar passando por um processo de Reprodução Assistida para poder doar parte dos óvulos coletados, no processo chamado de doação compartilhada de óvulos.

A mulher que doará os óvulos passa então por uma terapia hormonal (estimulação ovariana) acompanhada através de ultrassonografia e dosagens hormonais, a fim de definir o melhor momento para a coleta dos óvulos feita em uma clínica de Reprodução Assistida. Após a coleta, o embriologista responsável irá selecionar os melhores óvulos para a fecundação.

No procedimento de doação de óvulos, a fecundação acontece em laboratório e a evolução dos embriões gerados é observada pela equipe técnica. Os melhores embriões são inseridos no útero da mulher receptora que deve esperar cerca de duas semanas para confirmar a gravidez.

No Brasil, as doações podem ser realizadas por parentes de até 4º grau. 

Para quem é indicado?

As indicações mais frequentes da OVODOAÇÃO são:

  • mulheres com até 35 anos de idade;
  • mulheres que não tenham nenhuma doença transmissível ou genética hereditária; e nenhum problema de saúde que possa ser agravado pela estimulação ovariana (como cânceres dependentes de hormônio, por exemplo);
  • casais que necessitam de tratamento de Reprodução Assistida: através da doação compartilhada de óvulos, é possível que como benefício, parte dos custos do tratamento da doadora seja custeado pela receptora dos óvulos.

Já as principais indicações da OVORECEPÇÃO são:

  • idade avançada;
  • falência ovariana precoce, também conhecida por menopausa precoce;
  • baixa qualidade dos óvulos;
  • baixa reserva ovariana;
  • ausência dos ovários devido a cirurgia ou doenças genéticas (ex.: síndrome de Turner);
  • doenças genéticas ou hereditárias em que não é possível identificar o gene relacionado à doença, para o estudo posterior dos embriões;
  • pacientes que realizaram tratamentos oncológicos com consequente fibrose ovariana;
  • casais homoafetivos masculinos;
  • produção independente masculina.

Em princípio, a recepção de óvulos é indicada para qualquer caso que se enquadre nas situações acima, desde que haja saúde para gestar e manter a gravidez de maneira saudável.

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