O coito programado, também conhecido como relação sexual programada (RSP), é um tratamento de baixa complexidade que visa estimular a fertilidade da mulher por meio do uso de medicamentos específicos. Com essa estimulação de fertilização, o casal precisa manter relações sexuais dentro de uma janela de tempo considerada ótima, o que aumenta as chances de fecundação do óvulo e, consequentemente, a gravidez.
O método do coito programado funciona graças ao estímulo de até 4 folículos dos ovários por meio de medicamentos orais ou injetáveis, que precisam ser administrados durante um determinado período de tempo. A utilização dos medicamentos começa no início do ciclo menstrual, como no 2º ou 3º dia de menstruação. A dosagem do medicamento e mesmo a escolha do tipo de administração deve levar em consideração fatores individuais de cada mulher.
Depois que esse estímulo é comprovado, a mulher recebe uma dose do hormônio hCG, que será responsável por estimular a ovulação em torno de 36 horas depois. Feito isso, o casal precisa manter relações sexuais nesse período de tempo para aumentar as chances de gravidez — daí o nome “coito programado”.
A técnica foi criada na década de 60 e já está disponível no Brasil desde a década de 70, sendo considerado um dos métodos de reprodução humana mais antigos.
Indicado para casais com discretas dificuldades tanto na produção do homem quanto pequenas alterações nos exames femininos. É avaliado a partir do histórico da paciente, em que ela descreve seus ciclos menstruais de acordo com o número de dias da menstruação e o intervalo entre os sangramentos. Depois disso, são feitos também exames hormonais, avaliação das trompas realizada pela histerossalpingografia e ultrassonografia transvaginal na mulher. No homem é indicada avaliação do sêmen pelo espermograma.
Algumas mulheres com histórico de raras menstruações ou com síndrome dos ovários policísticos podem apresentar resistência aos medicamentos, não conseguindo estimular os folículos.